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Jornalismo, redes sociais e eleições 2016

Jornalismo nas redes sociais nas eleições de 2016

Está dada a largada para um novo tipo de cobertura jornalística de campanha eleitoral no Brasil.

Ainda que as redes sociais tenham ganhado bastante relevância nas eleições de 2010, o impacto delas no jornalismo ficará mais visível nas eleições 2016. O principal indicativo dessa mudança foi a formalização da pré-candidatura de José Serra (@JoseSerra_) a prefeito de São Paulo pelo Twitter. No início da semana passada, o nome mais forte do PSDB para chefiar a capital econômica do país optou por usar a Internet para anunciar sua decisão, após ter desconversado diversas vezes no offline qual seria seu destino político.

E, depois de tanto mistério, o que levou Serra a escolher a plataforma de microblogging  para se lançar na corrida eleitoral? Simplesmente, a força do Twitter como ferramenta de marketing político eleitoral. O potencial de levar a notícia a todos os cantos conectados do país. Seus mais de 900 mil seguidores poderiam replicar a mensagem de modo quase instantâneo. Assim, não só São Paulo, mas o Brasil online estaria sintonizado no novo projeto político de José Serra. Deu certo. Serra foi amplamente retuitado e, quinze minutos depois, todos os portais davam seus tuítes como destaque. Da web, foi para a TV e os jornais do dia seguinte.

Redes sociais são os novos outdoors de manchetes políticas

Na mesma semana, a candidata preterida pelo PT para disputar as eleições de São Paulo deu sua destilada de veneno pelo Twitter. A senadora Marta Suplicy (@MartaSenadora) sugeriu ao partido e, indiretamente ao pré-candidato Fernando Haddad e seu padrinho, o ex-presidente Lula, reconhecer o erro pela tentativa de aliança com o atual prefeito da cidade, Gilberto Kassab, do PSD. É uma declaração que deixa a dúvida: Marta apoiará Haddad? Qual será o desdobramento da campanha do ex-ministro da Educação se não contar com o apoio daquela que era a mais bem colocada nas pesquisas eleitorais?

Em outros tempos, esses questionamentos seriam provocados em ocasiões bem definidas. Em coletivas, portarias de ministérios, gabinetes de parlamentares, salão verde do Congresso. Sempre com os jornalistas como mediadores número 1. Hoje, pela praticidade e pelo grau de penetração, políticos utilizam as redes sociais. Eles sabem que vão se comunicar com suas bases – os seguidores – e acabam gerando uma mudança na rotina produtiva da notícia.

O jornalismos e as informações das redes sociais nas eleições municipais de 2012

O tuíte do candidato ou correligionário é um conteúdo que pode ter bastante consistência política. Pode servir como indicação de alianças, de propostas, de rupturas. Por isso mesmo, redações devem saber usar habilmente a tuitosfera e outras redes para não perder um bastidor, uma cena, um post. Marketing político digital requer agilidade por parte dos jornalistas.

Monitorar as redes sociais é importante

Um regime de monitoramento de todos os (pré) candidatos das eleições que os jornalistas vão cobrir é imprescindível. Além disso, as timelines de figuras-chave ligadas aos candidatos, representantes de diretórios regionais de partidos e blogueiros do mainstream e alternativos são fontes de informação que devem ser consultadas sempre. Com um telefonema complementar ou – por quê não? – uma DM (direct message) para o candidato ou assessor, o jornalista pode apurar algo a mais, deixando a matéria mais completa. O monitoramento das redes sociais é essencial para um bom trabalho nesta área.

Não há dúvidas de que, quando a campanha começar, em julho, as redes vão fervilhar ainda mais. É nelas que serão construídas e repercutidas as principais notícias das eleições de 2012.

O jornalismo e as redes sociais andarão lado a lado nas eleições 2012.

Fonte: Blog Mídia 8

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