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Mídias sociais na política eleitoral

O uso das mídias sociais na política eleitoral vem ganhando terreno no mundo inteiro e também mudando a forma de relacionamento entre candidatos e eleitores, dando uma nova dimensão ao debate eleitoral e mudando as urnas.

Mídias sociais na política eleitoral – Saindo do palanque para a praça virtual das mídias sociais

O uso das mídias sociais na política eleitoral vem ganhando uma dimensão cada vez maior no mundo inteiro e no Brasil vem, de uma forma ou de outra, trazendo a população para a discussão sobre os rumos da política nacional.

A distância quase abismal entre os políticos e a população é um traço milenar da política, o povo está sempre olhando os candidatos e governantes de baixo, sendo engolido por gigantes.

As circunstâncias, outrora convenientes, já caducaram. Hoje o povo deixa de ser massa passiva para se tornar protagonista da política e olhar para os governantes – ou os que o desejam ser – em um mesmo nível.

Em grande parte, isso se dá à ascensão das mídias sociais na política eleitoral como ferramenta de comunicação e marketing. Esse é um novo paradigma para o século XXI e um desafio para as equipes eleitorais.

O segredo? As pessoas se identificam com os políticos, sentem proximidade, percebem que têm voz e passam a exercer a cidadania se tornando agentes da própria sociedade.

Mídias sociais aproximando candidato e eleitor

Antes, o cidadão se via em distância inimaginável dos governantes ou aspirantes a cargos eletivos. De um lado o cidadão, com seu cotidiano e, em um universo longínquo, reinava o político, com regalias e um poder de decisão inquestionável.

A importância das mídias sociais na política
A importância das mídias sociais na política

Hoje, a distância se encolhe e o cidadão acessa o Twitter de Barack Obama e lê o que o homem considerado o mais poderoso do mundo postou enquanto estava no dentista.

É em situações como essa que o eleitor se dá conta que sim, Obama tem atividades iguais as de qualquer ser humano, o que o aproxima de seu eleitorado.

A “quebra” do distanciamento, que torna personalidades em anônimos e vice-versa, é a grande sacada do marketing político digital. O político desce do palanque e vai até os eleitores.

Não é preciso ouvir ao programa de rádio “Hora do Brasil”, ter pós-graduação ou comparecer às sessões da assembleia para ser um cidadão engajado.

Usando o computador ou o celular, enquanto espera no dentista, qualquer pessoa pode ela mesma ser e fazer a política, na mesma rede em que interage com seus amigos e cultiva seus hobbies.

Mídias sociais na política criam um novo formato de campanha

A essência disso é que o político se mostra presente, acessível, não conquista votos que serão apenas mais um número contabilizado nas urnas, conquista cidadãos. Ali não valem os clichês comerciais, o candidato deve mostrar transparência, crescer com base em sua trajetória, fazendo com que as pessoas o vejam além de seu número e sigla e saibam quem ele é e como chegou ali.

O contato direto com a população permite ao político a elaboração de propostas baseadas na realidade, com estratégias que tornam sua realização possível. Os cidadãos se tornam exigentes, o candidato tem que apresentar projetos ambiciosos, mas concretos, não basta pegar o microfone e falar na paz mundial, como as misses.

Ao encarar a urna, o eleitor não vai escolher seu candidato só pelos santinhos jogados na rua ou pelo jingle que não sai da cabeça. As redes sociais alavancaram o marketing político criando o marketing político digital e permitiram um passo significativo na direção de uma sociedade onde o político é cidadão e o cidadão é político.

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